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Bahia: Família não encontra corpo de mulher que morreu de Covid-19 e registra caso na delegacia

Caso aconteceu no Hospital Espanhol, em Salvador. Suspeita é de que outra família tenha enterrado corpo por engano em Lauro de Freitas.

A família de Arlete Santos, que morreu de Covid-19 no Hospital Espanhol, em Salvador, registrou o caso na delegacia nesta quarta-feira (3), depois de ter procurado pelo corpo da mulher na unidade médica e não ter encontrado.

O caso aconteceu na segunda-feira (1º), depois que a família foi informada da morte de Arlete e esteve no hospital mas identificou que o corpo era de outra mulher.

A suspeita é de que o corpo de Arlete tenha sido enterrado por engano, no lugar do corpo da mulher que foi mostrado à família dela. O sepultamento foi realizado no bairro de Portão, em Lauro de Freitas.

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na delegacia da Barra, que instaurou um inquérito para investigar a situação. Os familiares da paciente prestaram depoimento e outros envolvidos também serão ouvidos pela polícia.

Segundo a polícia, caso haja decisão judicial a partir do inquérito, a unidade expedirá guia para exumar o corpo enterrado em Lauro de Freitas, e fazer exames periciais. No entanto, uma guia de exumação do corpo já foi concedida pela Justiça ao Hospital Espanhol.

A unidade médica informou que agora cabe ao Tribunal de Justiça comunicar a necessidade da exumação ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Polícia Civil, que fará o procedimento.

Até a publicação desta reportagem, o DPT ainda não havia recebido a notificação. Ainda na terça-feira (2), o Hospital Espanhol admitiu, em nota enviada pela assessoria de imprensa, que houve um erro no procedimento de liberação do corpo, tanto da família da outra vítima, que fez o reconhecimento equivocado, quanto da unidade, que liberou o corpo.

Quando o paciente morre vítima de coronavírus, o hospital autoriza que apenas um familiar, devidamente paramentado com os equipamentos de proteção, realize a identificação do corpo.

Devidamente identificado, o corpo é lacrado e assim permanece até ser enterrado, com o caixão lacrado. Foi durante essa identificação de a família de Arlete percebeu que o corpo que ainda estava no hospital não era o dela.

Os familiares que provavelmente enterraram Arlete por engano já reconheceram que o corpo da pessoa correta é o que permaneceu no Hospital Espanhol.

G1

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