O governo da China pediu aos cidadãos que estoquem suprimentos de necessidades diárias e que as autoridades tomem medidas para garantir o abastecimento adequado de alimentos, à medida que o país adota medidas cada vez mais rígidas para conter o mais recente surto de Covid-19.
Um aviso publicado no site do Ministério do Comércio na noite da segunda-feira (1º) instou “as famílias a armazenarem uma certa quantidade de produtos de necessidade diária conforme necessário para atender a vida cotidiana e emergências”.
O órgão governamental não faz menção a uma possível escassez de alimentos ou se as instruções são motivadas por temores de que as medidas contra a Covid-19 possam interromper as cadeias de abastecimento ou levar que cidadãos em lockdown enfrentem falta de alimentos.
Além do surto de Covid-19, o pedido do governo chinês também ocorre em meio a um aumento no preço dos vegetais causado por fortes chuvas no país.
A medida ainda gerou temores nas redes sociais locais de que poderia ter sido desencadeada pelas tensões elevadas com Taiwan.
Em postagens, usuários também relataram que, após o anúncio do governo, chineses correram para estocar arroz, óleo de cozinha e sal. “Assim que a notícia saiu, todos os idosos perto de mim enlouqueceram comprando no supermercado”, escreveu um perfil na rede social chinesa Weibo, semelhante ao Twitter.
A imprensa local ainda chegou a publicar listas de bens recomendados para estocar em casa, incluindo biscoitos, macarrão instantâneo, vitaminas e lanternas.
A resposta do público levou a imprensa estatal a tentar acalmar os ânimos nesta terça-feira. O jornal Economic Daily, apoiado pelo Partido Comunista, disse aos leitores para evitarem ter “uma imaginação hiperativa” e afirmou que o objetivo da diretiva do governo era garantir que os cidadãos não fossem pegos de surpresa se houvesse um lockdown em sua região.
Com informações do G1