O desaparecimento dos funcionários de um ferro-velho de Salvador completa um mês nesta quarta-feira (4). Os dois jovens de 24 e 25 anos desapareceram após saírem de suas casas para trabalhar como diaristas em um ferro-velho no bairro de Pirajá. Ninguém foi preso.
Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz trabalhavam há três semanas no ferro-velho. Antes de desaparecerem, eles foram acusados pelo dono do empreendimento, Marcelo Batista da Silva, por furto de alumínio.
O empresário é considerado suspeito do crime. Em 9 de novembro a Justiça decretou a prisão preventiva, mas Marcelo fugiu e é procurado pela polícia. A suspeita é que ele tenha fugido do país.
Além do mandado de prisão em aberto, o nome de Marcelo aparece em investigações a respeito de outros crimes. Segundo a polícia, ele é:
investigado por duplo homicídio
investigado por tentativa de homicídio
apontado com envolvimento com milícia e facção criminosa
responde por violência doméstica contra a ex-mulher
Na Justiça do Trabalho, ele responde nove processos que estão em tramitação. Outros 60 foram arquivados. As acusações abordam descumprimento de pagamento de salário, horas extras, assédio sexual e tortura.
Empresário suspeito e manchas no carro: o que se sabe sobre desaparecimento de funcionários de ferro-velho na Bahia
A suspeita do envolvimento do empresário no crime foi denunciada pelas famílias dos jovens, que relataram que Marcelo havia acusado os jovens de furto.
Ao longo das investigações, o carro do suspeito foi periciado. O veículo foi encontrado em uma loja especializada em veículos de alto patrão, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Avaliado em R$ 750 mil, o carro foi deixado no local por outro homem, que solicitou a troca dos bancos alegando ter adquirido o bem com alguns pontos de sujeira. Com informações do G1